segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Aos 40, o sexo fica muito melhor

Prestes a completar 40 anos, Reynaldo Gianecchini fala com exclusividade à Gente. E encara todos os assuntos: beleza, preconceito, Marília Gabriela, o câncer, os planos de ser pai, sexo

Nos seus aniversários na infância era sempre igual: um monte de gente em casa, bolo, bexigas, música alta… e ele não aguentava aquilo.  Diferentemente de dez entre dez crianças, Reynaldo Gianecchini odiava o “Parabéns pra você”… “Eu achava uma obrigação chatíssima”, conta. Suportou até os 11 anos, quando perguntou à sua mãe – dona Heloísa –, se era realmente necessário fazer festa. E ficou feliz com a negativa da mãe.
Os anos passaram e esse sentimento mudou. Sobretudo agora. No sábado, 10, o ator vai celebrar a chegada dos 40 anos – que ele só completa dois dias depois – com uma festança no Espaço Mega Eventos, em São Paulo. A lista de convidados tem estrelas como Claudia Raia e Mariana Ximenes. O bolo vai ter três andares, que ele ainda não escolheu o sabor. Giane só sabe de uma coisa: quer festejar a vida.


Aos 40, o que muda na sexualidade do homem?
Eu me sinto um moleque nesse sentido. A qualidade do sexo fica muito melhor. Com a maturidade, você aprende a relaxar para curtir o sexo e percebe que ainda tem muito vigor. Aos 18 anos, a coisa é hormonal, mas a ansiedade não deixa você curtir como poderia. Aos 40, o sexo fica muito melhor.
Você já declarou que tinha vontade de ser pai. Algum tempo depois, disse que havia desistido dessa ideia.
Ser pai nunca foi um plano na minha vida. Mas perder o meu pai (morto em 2011) e ter passado pelo que eu passei com a doença me fez pensar se era importante dar continuidade à minha vida, ter um filho. Mas ainda não tenho isso decidido na minha cabeça. Se aparecer a mulher certa, eu vou topar na hora. Ou se, de repente, bater uma vontade muito grande de ser pai. Mas eu teria de encontrar uma mulher bacana.
Tem algum arrependimento?
Tenho: de ter deixado algumas pessoas entrarem na minha vida. Mas não vou citar nomes. Por ingenuidade, abri um grande espaço na minha vida para algumas pessoas que eu considerava irmãos, mas depois descobri que eram interesseiras. É triste, mas esse tipo de coisa me deixou menos ingênuo. Até essas pessoas acabaram somando para a minha vida. Elas me ajudaram a ser mais firme em certas situações. Sou um cara doce, mas aprendi que, às vezes, tenho de dar uma porrada na mesa. Aprendi que não posso abrir espaço na minha vida para qualquer pessoa.Por outro lado, você abriu a sua vida para pessoas que até hoje parecem estar ao seu lado. Como Marília Gabriela, por exemplo, sua ex-mulher.
A Marília é um amor muito presente na minha vida. O amor que sentimos um pelo outro apenas mudou. Às vezes, o casamento atrapalha o amor.
Como assim?
Casamento traz estresse à relação, pode tirar o brilho. Hoje, na minha relação com a Marília, ficou só a parte boa do amor. Uma amizade linda e eterna. Ela está por mim para tudo, assim como eu estou por ela para tudo. Não paro de admirá-la. Ela é uma mulher linda, inteligente, generosa, divertida.

Você já disse que o fato de ter superado o câncer fez com que você passasse a viver sempre pensando no presente…

Eu mudei muito. É um exercício diário. Tento evitar o estresse. Mas às vezes não dá. Eu me estresso no trânsito, no trabalho. Mas não deixo o estresse durar muito tempo. A vida é muito preciosa para a gente perder tempo e energia se estressando com coisas pequenas. Quero viver cada dia com prazer. Hoje, sempre vou dormir muito feliz. Sei que investi o meu dia em ter prazer com as pessoas à minha volta e com o meu trabalho.
Em algum momento você achou que perderia a batalha para a doença?
Nunca achei que perderia a luta para a morte. Mas quando os médicos me disseram que eu estava com câncer, abriu um buraco enorme no chão. Senti um grande vazio. Mas resolvi que iria encarar aquilo como mais um desafio a ser vencido. Sou muito bravo nesse sentido. Vencer o câncer era quase excitante.
Leia a entrevista na íntegra na IstoÉ Gente que está nas bancas a partir desta sexta-feira 2.

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